Módulo 7

Ameaças

Ao vislumbrarmos o mar e contemplarmos a sua força e imensidão, é fácil cair na tentação de pensar que pouco ou nada o afeta. O mesmo se pode passar no caso das tartarugas marinhas, esses animais fortes, com uma aparência pré-histórica e uma longevidade invejável. De facto, o estado dos oceanos e das populações dos diferentes animais que neles habitam, incluindo as tartarugas marinhas, foi, até há relativamente pouco tempo, saudável e equilibrado. Noutros tempos, o equilíbrio era sobretudo posto em causa por fenómenos naturais, mas durante o último século a situação alterou-se drasticamente com o crescimento exponencial da população humana, principalmente nas zonas costeiras. Hoje em dia diversos impactos antropogénicos ameaçam os ecossistemas marinhos.

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Ameaças antropogénicas como a sobrepesca, a poluição, o desenvolvimento da zona costeira e as mudanças climáticas estão a causar alterações profundas na estrutura e no funcionamento dos ecossistemas marinhos e costeiros, afetando consequentemente as espécies que deles dependem. As tartarugas marinhas enfrentam não só a degradação dos seus habitats, como sofrem impactos diretos da ação humana, sendo alvo de captura acidental e de exploração para consumo, entre muitos outros fatores que afetam as suas populações. As tartarugas marinhas que ocorrem no Atlântico estão todas classificadas na Lista Vermelha da UICN dos animais ameaçados de extinção. O estado de conservação de muitas populações de tartarugas marinhas é alarmante, sobretudo se pensarmos que estes animais existem há milhões de anos e que, até há relativamente pouco tempo, eram considerados abundantes nos mares temperados e tropicais.

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Neste módulo conheceremos diferentes fatores que têm levado ao declínio das tartarugas marinhas um pouco por todo o mundo e que ameaçam direta e indiretamente a sua sobrevivência.