Módulo 5

Ecologia em Áreas de Alimentação

As tartarugas marinhas, tal como o seu nome indica, habitam os mares e oceanos do planeta. Uma vez feito o percurso do ninho até ao mar, quando recém-eclodidas, aí permanecem toda a sua vida, durante o seu desenvolvimento, crescimento e reprodução, sendo este regime marinho apenas quebrado pelas fêmeas reprodutoras quando, durante a temporada de nidificação, sobrem às praias para desovar. Mesmo nesta ocasião, o tempo que passam em terra é mínimo, representando muito menos de 1% da sua longa existência.

No mar, as tartarugas marinhas equilibram a procura de alimentos necessários ao seu crescimento e desenvolvimento, e mais tarde à reprodução e migração, e os gastos energéticos associados a essa busca, enquanto procuram minimizar a probabilidade de predação. A estratégia de alimentação adotada varia para cada espécie e pode incluir alterações de dieta ou levar à ocupação de habitats distintos ao longo das diferentes fases de crescimento. Espécies carnívoras permanecem em águas oceânicas toda a sua vida, como no caso da tartaruga-de-couro e da tartaruga-oliva, ou podem frequentar tanto habitats neríticos como zonas pelágicas, como a tartaruga-comum. A maioria dos indivíduos de tartaruga-verde e tartaruga-de-escamas, por outro lado, têm dietas especializadas e adaptam-se a habitats costeiros, como pradarias marinhas e recifes de coral. Nestes locais, naturalmente ricos em biodiversidade, as tartarugas marinhas estabelecem relações de comensalismo e mutualismo com outros organismos e podem desempenhar funções ecológicas de relevo.